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13 de jan. de 2015

QUEM SABE UMA NOVA JERUSALÉM
DESPONTE, QUANDO:

Eu mudar as lamparinas queimadas do meu quarteirão e selar, no meu coração, uma tomada; juntar o lixo num feixe e não deixá-lo esparramar-se pelo chão; sorrir para um alguém qualquer e abrir meus lábios como pétalas de um lindo botão; abraçar o esfarrapado, estender as mãos, macias e perfumadas de solidariedade e falar: ti amo, tu és meu irmão; sovar a massa e transformar a fome num grande e enorme pão; carregar no colo, a dor, o sofrimento e acolher o miserável solitário, esquecido nas brumas revoltas de um inverno que não termina; souber que a grande meretriz do apocalipse que contamina os gêneros é sinônimo de xenobias e de todas as outras fobias; aclarar minha mente e dar a ela a fuga da  gaiola, que milênios a aprisiona, num quarto escuro e deixar que a luz entre como a semente depositada no ventre de uma mulher;  arar a terra, plantar o trigo e fazer de todo o planeta uma lavoura em ascensão de hinos e canções; deixar viver os insetos, sem mesmo a massa cinzenta sabe cumprir sua missão; então cada um, na sua biodiversidade, saberá o lugar do seu habitat e vencerá a praga da destruição; entender os preceitos de Jesus que apagam certas palavras-pesadelo como penúria, guerra, violência e opressão. Só assim, poderá nascer uma Nova Jerusalém e um coro de anjos e crianças, entoarão cânticos e suas maviosas melodias de aleluias e, murcharão todas as cizânias desse universo em expansão por séculos e séculos infindos. Você, somente você, começará esta formidável e bela construção. Nada nos será impossível, se nos voltarmos para o amor de Deus.

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