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5 de jan. de 2015


RESPOSTA PARA UM AMIGO VIRTUAL
Livros é como filhos. Eu entendo, sua preocupação. Pensou muito neles: em levá-los, em deixá-los. Dói um pouco. Ler os que não foram lidos. Eu tenho uma boa estante com livros, outros encaixotados. Alguém me sugeriu que eu os colocasse fora. Alguém que não lê. Suas ideias e imaginário são bem populares. É uma pessoa que acredita em superstições. Chega ser folclórica e irritante: como derramar sal, e, em seguida colocar açúcar em cima... e outras como porta de roupeiro aberta e gavetas... o pior era o som de voz assustador que empregava. Era de encher o saco. Com voz de estertor falava com se fosse uma pessoa que estava muito mal. Acabei dando boas gargalhadas com aquelas descrições todas. Essas pessoas que não dão importância a nenhuma leitura, acabam tão estreitas, engaioladas e assimesmadas que recorrem aos deuses vingativos. O desejo é mostrar, serem bem mais esclarecidas e fortes, nos parecendo ver que somos idiotas. Apesar da pessoa viver defendendo-se contra mau-agouro, e fazendo trabalhos com uso de galinhas pretas, encontra-se muito doente. Mas é um vício como consumir. É uma crença para o mal, e são as primeiras a serem atingidas. Creio que ler, abre horizontes, solta passarinhos das gaiolas, sereneia, acalma, alegra, distrai, conduz a verdade e liberta. É antidoto contra ignorâncias e despreparo. É um alimento que nos faz pensar em coisas úteis. A leitura tem de ser boa. Eu não passo sem ler. É uma espécie de religião. É uma bênção. Faz bem aos olhos, energiza-os. A ética e a educação, aperfeiçoa-se com boas leituras e esclarecimentos permeáveis, pois vivemos socialmente. Assim as singularidades alcançam um maior respeito e podemos conviver uns com os outros.

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