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3 de set. de 2021

Procurei tanto esse poema, escrevi-o com saudades de minha mãe e daqueles tempos que lá, se foram...03/09/2021 RECORDAÇÃO... Te recordo tanto tanto... tanto penso em ti que linda, eras; dedos finos lábios de botão rosa e uma voz tão melodiosa... Lá na fazenda era o teu mundo... Debaixo daquela figueira frondosa altaneira alimentava os passarinhos com doces figuinhos. Nas tardes cálidas nos dava a beber refrescos de gemada leite e canela. Hunh!... Mãe tu eras como a figueira Nem temias os temporais Tínhamos uma vida verdadeira mal o vento começava um dos meninos te trazia o Estrelo abrias a porteira e te atiravas a galopar.... Envolta no teu quimono azul a esvoaçar coxilha acima coxilha abaixo tu e o teu corcel. Que visão surreal... ele preto e teus cabelos pretos ao vento forte e com uma vara de alecrim chicoteava nesta corrida da amazona e do corcel... Era um fundo de tela, ali desenhada eras eterna... Fomos pegos de surpresa... Caía uma chuvinha... mansa... entre teus dedos uma linda orquídea flor tão linda... tu tão jovem parecias ainda menina dormias serena para nunca mais acordar .. Sem menos esperar era o teu funeral.. Na tua lápide deixamos flores com perfumes de jasmins. Sim chorei vendo meu pai desolado e órfão que não queria acreditar que havias partido implorava e te chamava para acordar... Lá no céu tu e o Estrelo talvez numa fazenda com belas campinas continuavam a galopar. Faz tanto tempo... certeza um dia vou lá te encontrar . Nunca quis aprender a bordar quero contigo destemida aprender a cavalgar. Mãe esse mundo aqui está muito cruel um desgoverno... só de aparências... Quero ouvir teu falar tuas palavras e declinar-me no teu sorriso sombranceiro como naquela figueira da fazenda comer com os passarinhos doces figuinhos. Ver menos — sentindo-se cansada.

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