POR QUÊ? Porque tenho o dom de sonhar e a sonhar sonho que posso , sem querer comparar e resvalar na presunção e rolar pela ribanceira do ridículo, fazer como fez Honoré de Balzac e botar pra frente uma comédia, a Divina Comédia Brasileira. Balzac que é mais conhecido pelos praticantes da cultura do almanaque, por causa da mulher de trinta é mais, é muito mais, e como dizia o erudito Otto Maria Carpeaux " O gênero literário romance divide - se em antes e depois de Balzac" que ao depois dele se retrataria "O espelho do nosso mundo, do nosso país, das nossas cidades e ruas, das nossas casas, dos dramas que se passam em nossas moradas " e aqui saltamos nós, pra dentro desse bonde em alta velocidade e acrescentamos: essa espada de Dâmocles que em movimentos pendulares balança sobre todas as cabeças brasileiras a ameaça de sempre de uma classe média representada, hoje, por um juiz que adora bancar um exímio pianista no piano dos outros, ou desfilar por ruas caríocas , como se fosse pela badalada Riviera Francesa, em luzente carro importado, mas com um detalhe que não passa despercebido a rede nenhuma, quanto mais a social : O CARRO NÃO ERA DELE. Mas, o buraco é mais embaixo ainda, é essa juventude que não é capaz de produzir um texto dissertativo e criticar essa invasividade de seitas alienígenas em nossas escolas, em nossa mídia e o mais preocupante, em nossos Parlamento.Em vez disso, a juventude vai de encontro ao Jesus que fala de amor quando sentencia "DAÍ AOS POBRES " e a juventude dá dinheiro a pastores podres de ricos, com o agravante de que famosa psicóloga americana alerta para patologia que é o fundamentalismo bíblico.Enquanto isso devolve - se montanhas de dinheiro de propinas Brasil afora e agora , pelo montante de dinheiro de deixar mafioso de queixo caído, membros da classe rica se atropelam entre delatores, o lado claro da força escura, e os delatados que deveriam ficar de molho, pra no casa do Estado Islâmico querer negociar e dar uma força pra Alá trazendo gente boa e levando gente ruim, tava na mão. Tentando escrevinhar, como Balzac escreveu sobre comédias, a gente vê que essas coisas são só para o estraordinário, do qual ele foi um expoente. E como numa imensa teia de aranha a gente parece que no Brasil de hoje, saiu a comédia e entrou o drama de um país de maioria religiosa, corrupto, violento e preconceituoso.