Páginas

16 de fev. de 2017

CADELEAR Não é pejorativo não. No Aurélio não o encontrei. Cadela sim. A mulher do cão. Deus ordenou que no seu quintal, nasceria uma árvore com duas espécies de gêneros: macho e fêmea. E que assim, também com animais e plantas. E que dessa árvore, dessem bons frutos Viu que tudo estava bom. Ele não falou em sexo, nem em fidelidade, nem traição. Amor deveria ser o primeiro estatuto. Por analogia, o homem observador copiava e anotava a conduta de todos os seres. Daí do empirismo nasceu à pesquisa científica. O homem a sua imagem semelhança de um deus, tornou-se criador e dominador do universo. Desajeitado e confuso na sua criação, criou o bem e o mal, sem sabê-lo: Criou o automóvel, vence distâncias, economiza tempo e metal, mas é letal; o despertador: amigo e tirano controlador, mas um só tapeio, o desconcerta; elevador leva multidões às alturas, mas as abraça, num amplexo constrangedor, anti-social e melancólico; fotográfica, fotografando espermatozóides feitos selfies vaidosos; geladeira, a tia gorda dos sobrinhos obesos e fofos; isqueiro, invento para acender charutos cubanos, simpáticos aos EUA; internet é o melhor invento para cadelear. Pode ser com o cão ou com o serafim. Não tenho certeza da terminação, se é em ear ou em iar. Mas em breve os gramáticos, lingüistas, filólogos, psicólogos e psiquiatras se debruçarão sobre o verbete nascedouro e, pode ser não duradouro, porém literato. Tenho certeza. Inspirador de poemas realistas e da época atual. Que sejas feliz e bem-vindo.

Nenhum comentário: