ME LIBERA
Inimigo meu
Meu dedinho mingo dói.
Um grito de passarinho corta o ar...
Libera... libera
O coquinho do coqueiro é comida
De passarinho.
Vozeados de pintassilgos comendo
Figuinhos numa manhã de sol.
A comida do menino a bomba comeu.
Me libera inimigo meu da cidade q nasci
Da lama dos desgovernos.
Espero Oro que a água cristalina limpa
Os dejetos dos ventres das consciências
Sujas enlameadas de despudor.
Só crime e nada mais... grasnou
O Corvo do Alan Poe.
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