ELEGIA DO
ENTARDECER
Como uma árvore
despida das folhas
Atravesso o
inverno autonal.
Meus galhos vão
secando com o estio.
Meus dedos
hirtos ainda debulham favas.
Corações de
gelo entre as brumas
Dos olhares
indiferentes por ti passam.
Ouvidos moucos
se protegem da tua figura
Débil engelhada
da rigorosa estação.
Nada eu quero a
não ser se me permitirem
Desafiar a lei
da gravidade e do sistema que
No velho
somente divisam fracassos.
Alguém no alto da colina ansioso
Espera para o festim de abraços e beijos.
Orvalhados pelo
novo amanhecer ... Festejaremos.
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