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3 de ago. de 2015



ELEGIA DO ENTARDECER
Como uma árvore despida das folhas
Atravesso o inverno autonal.
Meus galhos vão secando com o estio.
Meus dedos hirtos ainda debulham favas.

Corações de gelo entre as brumas 
Dos olhares indiferentes por ti passam. 
Ouvidos moucos se protegem da tua figura
Débil engelhada da rigorosa estação.

Nada eu quero a não ser se me permitirem
Desafiar a lei da gravidade e do sistema que
No velho somente divisam fracassos.


 Alguém no alto da colina ansioso
 Espera para o festim de abraços e beijos.

Orvalhados pelo novo amanhecer ... Festejaremos.

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