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14 de jul. de 2015

SACOS E MAIS SACOS
Se a gente falasse tudo que pensasse, tem cada gente, na coisa da gente, cada botuca verde que a gente encontraaaaaa, no meio do caminho. O Drummond disse: encontrei uma pedra no meio do caminho, veio um anjo e disse pra ele: "vai Carlos se torto na vida" É o jeito, mais sem jeito, mas dá muito certo. Viajávamos de ônibus minha funcionária e eu. Estava as duas na faixa dos 50 anos e picos. Naquela viajem aconteceu, de um tudo, pra não dar certo, mas deu. Coloquei: bom humor e criatividade. Nós Viajava sentadas. Sorte. Nos primeiros bancos. Rodamos alguns quilômetros: casas, piquetes e animais, passava por nós correndo. O ar do campo, o cheiro do capim me fazia bem. De repente o ônibus parou. Motorista e cobrador desceram. Demoraram alguns minutos que parecia horas. Vieram e deram ordem para descer. Tívemos que baldear. Deus meu! My God! Se apresse D. Lídia, a turba vem que nem gado em disparada. Havia uns sacos em cima do motor. Passei. Joguei no chão os sacos. Obstruí a passagem. Saímos tranquilas do ônibus. D. Ligia! Assustada D. Lídia falou. Esta turba com louco ímpeto, iam fazer com nós as duas o que eu fiz com os sacos, não iam? Nos empurrava porta fora. Nós caia. Eu em especial: pernas frouxas... Daí nariz quebrado, cara arranhada... podia, não podia? E agora? que vamo fazer? Ora peguemos uma carona. kkk  Nisso meio parando, aparece um velho com uma charanga. Vizinho, dá carona? Pra quantos? Nós duas. Nos olhou...vuceis sobe aí. Claro. Boleia a perna D. Lídia. D. Ligiaaaaaaaaaa. Subimos, ela me puxou. Sentamos em cima de sacos. E! deu saco nessa viagem!! O motor da charanga roncava, e nós duas felizes de contente naquela ventura. Chegamos em S. Pedro do Sul Sãs e Salvas. Descemos na praça, Crescêncio de Pereira.

Nota:em tempo, os erros, foram todos proposital, sigo uma opinião de Mário de Andrade: " a gente deveria escrever como se fala" nas cartas dirigidas ao Drummond.

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