QUEM NUNCA VESTIU
PRADA¿
Este desde o ventre materno foi alvo de perseguições.
Apresentaram-no sob mil faces, a revelia de ideias e conceitos que levaram a
morte os que se apresentavam contrários. Ergueram-s e tribunais. Todos proclamam
verdades nada concomitantes com o perfil vivido como exemplo de vida e luz. Caminhava pelos descaminhos, ensinando
caminhos que poderiam levar o mundo a encontrar a mais perfeita felicidade. A
felicidade plena do coração. A partir do que proclamava, fizeram-se as mais
ferrenhas especulações. Apresentaram-no sob mil faces. Os que negavam seu
eu-divino eram considerados heréticos, não estavam de acordo com as políticas
que norteavam o poder das classes dominantes. Esse que veio trazer a salvação
ao mesmo tempo veio trazer espada e dor. Muito amado, apesar de não
compreendido, a não ser, por uma minoria: pelo pequeno Francisco de Assis.
Pediu uma audiência ao papa e não foi recebido, porque o seu discurso não
agradava em nada os descaminhos da Igreja Católica. O inocente o enxerga, um
amigão de primeira: senta numa pedra ou num toco de madeira, joga com ele
amarelinha, lhe manda o coelhinho lhe trazer ovos de chocolate. O jovem o vê como
um dançarino e músico. Alegra suas noites com baladas e toca pandeiros. Seus seguidores, do alto do pódio ornado de
pompas, em seu nome, pregam: se não o seguirem, porque são pecadores
contumazes, estarão condenados ao fogo eterno. Serão separados à esquerda do
Criador. Não entrarão no paraíso. Suas palavras de luz o levaram à morte de
cruz. Voltaram-lhe as costas. Nunca,
jamais Jesus condenou as riquezas, a abundância de alegrias. Mas condenou a
hipocrisia, a maledicência, arma muito usada para semear dissensões e ódios. Os
que vestem Prada, não querem a Paz, mas a discórdia.
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