Quem não investe, não revoluciona. Revolucionar é um ato andante. Caminhante e coletivo. É um ato de mãos dadas. E não é como todos pensamos: um ato revoltante. Um ato que mata. Esse ato que deveria trazer no seu bojo, algo promissor, é, nas mais vezes, mal usado como ferramenta de extermínio. Vamos revolucionar nossas vidas. Vamos imitar os grandes sábios. Erguer o olhos para o céu e orar. A oração é a arma mais poderosa do mundo, Seleciona, aparta o que não dá frutos bons, deixando, simplesmente, queimar no fogo do esquecimento. Simplificar, já é, revolucionar. Um simples beijo, um simples abraço, tem a força de uma bomba atômica. Abençoa. Envolve teu corpo e a tua alma em fluídos benéficos de energias boas, saúde, e até beneficia teus bolsos vazios da descrença, da falta de fé. Por outra, vamos investir no carnaval, festa do Rei Momo, sem mazelas. Todos queremos ser reis e rainhas, príncipes e princesas. Está no imaginário do nosso coração. Proíbe-se ser pouco, ser muito e reinar, são palavras de ordem: mil alegrias, mil risadas no salão, com pierrô e colombina, amigos do coração. Vamos deixar as mazela pra quem pensa pequeno, estreito. Só sabe diminuir, não sabe somar. E deseja tomar o lugar de quem, está começando a multiplicar, e até consegue. Mas quando mergulha na piscina, e vê que não tem água, aí, já é tarde, começa a torcer o pescoço. Os amigos se distanciam do seu amplexo que é frágil, obstruído pela mesquinhez. Quem investe em estudos, leituras, só tem a ganhar. Quem não investe, ou acha que não é importante, tem como destino carregar pedras, Vai ser um burro de cargas. Vi ter olho grosso e só, invejar e mal palrar. Aumentando sua nudez, vai levar o apelido de anão. Feminino de anão - anoa. Canoa furada. Vale para os dois gêneros. Não apequenar, investir: a curto, médio e longo prazo pra não estacionar.
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