Páginas

23 de fev. de 2015

Governador, declare guerra!

  Carlos Costabeber
Empresário e professor
Em conversa com o amigo José Alcidez Munhoz, vice-presidente do Bradesco, comentávamos sobre a gravíssima situação do Estado. E sobre o drama do novo governador, que já virou “sindico de uma massa falida”. Depois desse papo, busquei elementos sobre os primeiros dias do novo governo. E tudo se resume a “choro e ranger de dentes”. Realmente, o Rio Grande se encontra insolvente, porque gasta mais do que arrecada. Os governadores anteriores, “empurraram com a barriga” o problema, privatizando, usando os precatórios, fazendo empréstimos, suspendendo obras de infraestrutura. Todos foram “esticando a corda”.
Com isso, aquele Rio Grande altaneiro, pujante, culto e orgulhoso de suas tradições, virou um “cobertor velho”, com todos os índices de desempenho indo ladeira abaixo. Perdemos o respeito dos demais Estados e principalmente a autoestima que herdamos das gerações anteriores. No último pleito, apostamos novamente contra a reeleição, na expectativa de que um candidato da oposição pudesse nos dar um sopro de esperança. E elegemos um homem com a experiência de bom gestor como prefeito de Caxias do Sul.
Durante a campanha, Sartori evitou assuntos polêmicos e principalmente não defendeu um consistente Plano de Governo. Acreditava eu que era parte de sua estratégia política para vencer a eleição. Eleito governador, manteve a mesma linha durante a transição. E a gente sempre na expectativa de que alguma decisão importante viesse a tona. Nada!
Mas o que preocupa a sociedade gaúcha é que toda a estratégia do governo se concentra na situação financeira. Diariamente alguém revela mais e mais cortes (homeopáticos), chegando ao ponto de já se anunciar um possível atraso nos salários. E é essa atitude que assusta!
Explico: (1) Sou um sobrevivendo no mundo dos negócios, depois de ter corrido o risco de “quebrar” durante os anos 90. Se não fosse o espírito guerreiro que herdei dos meus pais, não sei se teria sido vitorioso. E (2) Usando um termo militar: na guerra, “se está respirando, vá à luta”- foi o que aprendi no Exército. É isso que a sociedade gaúcha exige do governador: que lute! Que apresente um plano corajoso, audacioso de salvamento do Estado. Que diga que não vai passar quatro anos sem nada realizar.
Precisamos de um líder corajoso e confiável; um Wisnton Churchill gaúcho, que ponha a cara para bater, que devolva o orgulho perdido e injete ânimo em nossa combalida autoestima. Afinal, se a situação está posta, tenha a capacidade de adpatar-se a essa realidade e transforme o limão em limonada.
Vamos à guerra, meu governador! Combata o bom combate contra os privilégios, as heranças malditas, as corporações e a má gestão pública. Seja um guerreiro, destemido, voluntarioso, criativo. Mire-se nos heróis do glorioso passado e mude o Rio Grande. Os gaúchos estarão ao seu lado

Nenhum comentário: