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10 de nov. de 2014

O NOBRE E O POBRE

As críticas e charges sobre as classes sociais vêm temperadas de muito humor. É certo que rico, odeia pobre e pobre gosta de rico. Pobre gosta de dinheiro como qualquer mortal. Sua a camiseta pra poder por um pedacinho de carne pra tapar a cova do dente. Rico não. Rico esbanja. Aperta o salário do pobre, pra sobrar pra classe privilegiada. Pobre trabalha horas a fio para conseguir uma diária. No entanto, todos os ricos exorbitam e se exibem, quando recebem essas concessões. O rico é empenado, pode ter mil defeitos. A sua grana o transforma num sujeito simpático e de respeito. Frente aos demais, tem mil qualidades. É sempre perfeito aos olhos da sociedade e do sistema. Entretanto, o pobre, quem é o pobre? Um sujeitinho. Feio. Mal vestido. Se expressa mal, mas não enrola: recorre, aos jargões. Ditos do seu meio. Curto e grosso. Carente de comida. Carente até de amor e de apoio. Mas sempre dá um jeitinho, pra tudo. Engendra.  Apesar de ainda estar de pé, é mal visto por essa sociedade preconceituosa e falida, pobre de moral e ética. Mas ser pobre ou ser rico é um estigma... Ou é como ter caráter ou não ter? Um e outro têm as mesmas necessidades, ou pobre não as tem? A diferença entre eles está no bolso. O que tem grana será sempre bem recebido. O pobre, no entanto, ficará com a sua santa fé, e esperança que lhe sobra. Mesmo que peça consideração seu pedido será sempre em vão. Quando vamos olhar essa gente como gente. Mesmo o Bolsa Família que o governo lhe dá com o intento de progredir socialmente e psicologicamente, o rico grita contra. Argumentos chovem irreverentes do modo do rico. As grosserias são tantas que o próprio diabo avermelha-se de indignação. São gente que faz parte de nós. É o nosso próximo. Devemos amá-lo de todo o coração. Penso.

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