O NOBRE E O POBRE
As críticas e charges sobre as classes
sociais vêm temperadas de muito humor. É certo que rico, odeia pobre e pobre
gosta de rico. Pobre gosta de dinheiro como qualquer mortal. Sua a camiseta pra
poder por um pedacinho de carne pra tapar a cova do dente. Rico não. Rico
esbanja. Aperta o salário do pobre, pra sobrar pra classe privilegiada. Pobre
trabalha horas a fio para conseguir uma diária. No entanto, todos os ricos
exorbitam e se exibem, quando recebem essas concessões. O rico é empenado, pode
ter mil defeitos. A sua grana o transforma num sujeito simpático e de respeito.
Frente aos demais, tem mil qualidades. É sempre perfeito aos olhos da sociedade
e do sistema. Entretanto, o pobre, quem é o pobre?
Um sujeitinho. Feio. Mal vestido. Se expressa mal, mas não enrola: recorre, aos
jargões. Ditos do seu meio. Curto e grosso. Carente de comida. Carente até de
amor e de apoio. Mas sempre dá um jeitinho, pra tudo. Engendra. Apesar de ainda estar de pé, é mal visto por
essa sociedade preconceituosa e falida, pobre de moral e ética. Mas ser pobre
ou ser rico é um estigma... Ou é como ter caráter ou não ter? Um e outro têm as mesmas
necessidades, ou pobre não as tem?
A diferença entre eles está no bolso. O que tem grana será sempre bem recebido.
O pobre, no entanto, ficará com a sua santa fé, e esperança que lhe sobra.
Mesmo que peça consideração seu pedido será sempre em vão. Quando vamos olhar
essa gente como gente. Mesmo o Bolsa Família que o governo lhe dá com o intento
de progredir socialmente e psicologicamente, o rico grita contra. Argumentos
chovem irreverentes do modo do rico. As grosserias são tantas que o próprio
diabo avermelha-se de indignação. São gente que faz parte de nós. É o nosso
próximo. Devemos amá-lo de todo o coração. Penso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário