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13 de out. de 2014

PRECONCEITOS….
  Quem mais comentou · Universidade Federal de Santa Maria
Casei quando a discriminação era dura contra as mulheres que não conservavam sua virgindade. Minha irmã Magdalene, casou grávida e foi execrada e massacrada psicologicamente pelos conservadores da cidade de Santa Maria. Casou aos 19 anos, o colégio de freiras que estudava o último ano de contabilidade, Colégio Santana, a madre pediu que se retirasse para não ser mau exemplo para as coleguinhas. Foi trancada num quarto e recebia os alimentos, e tudo o mais... até a data dos sagrados laços do matrimônio que fora oficializado na casa de meus avós. Parecia velório. Ela nunca mais sorriu. Estava sempre pálida. Começou a sofrer de anemia profunda e veio a falecer levando uma criança de 5 meses no ventre. Teve o total de seis filhos, a 1ª criança, recebeu o nome de Maria do Carmo. Viveu apenas alguns minutos. Foi muito sofrimento. Semanas depois, a babá ganhou criança do cunhado. Nunca se queixou do marido e nem da babá. Era torturada pelo marido. Recebia segundo me contaram, bofetões na cara. Pelo marido na frente da babá. Que se portava como uma madama, sucessora da infeliz.  Casei-me, nos anos 70 e virgem. O cunhado que ficou no casarão, pediu-me em casamento. Vi-me em perigo.  Aceitei esse casamento, um tanto contrariada. Não estava pensando em me casar . Meu foco era um mestrado em teoria literária. Fui duramente escarnecida pelo ex, e pela sua mãe, porque, vivia conforme as leis prescritas. Em nada, respeitada, pelo contrário fui muito humilhada e rebaixada. Nem meu magistério o qual sustentava-o e a casa, dizia-me constantemente que “eu não pensasse que ele me respeitaria, porque era uma professora, tratava-me como se prostituta fosse. Encomendei a minha filha,para mudar aquele panorama infernal de prostituição. Eles visavam apenas um status melhor com esse casamento. De 6 para 7 anos, nos sagrados laços do matrimônio,  fui internada do psiquiátrico,  21 dias fazendo sonoterapia. Pedi o divórcio, e como me perseguiu. Fiquei amarga, frustrada, revoltada. Pô! a gente não acerta nunca. Agora minha bandeira é defender as causas inocentes, lutar contra preconceitos e machismos. Há mulheres machistas, mas escondidinhas. Muitas fingem-se  felizes, e hipócritas, falsas. Buscam expedientes e vivem, vão indo, cabeça erguida em cima do salto. Tudo bem, mas
essa conduta não me convém. Fiquei estigmatizada. Essa falsa moral, é letal, e como!! A constituição nos garante direitos, mas os conservadores, ainda se sentem logrados... por isso escrevo. Nada impede que os gays possam ser inteligentes e ativos nas suas profissões. E as ex- esposas possam levar uma vida útil, honesta, mas são tratadas como disponíveis e fracassadas. Sinto saudades de minha irmã, entendi que o preconceito, machismo e outros... a levaram à sepultura. Muito triste, o que enfrentamos...

+ de 10 curtidas 13/10/2014

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