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10 de set. de 2014

OS CLÁSSICOS

Quem nunca esbarrou num clássico cocô de calçada? E provou a vulnerabilidade de um clássico calcanhar de Aquiles. O negrinho da mama África, se arrasta por desertos, e mitiga sedento uma clássica areia- árida. Se por a caso, encontra um inseto é um clássico banquete dos deuses. O abutre que o espera com clássica paciência, com sabedoria de um cientista indesejado, apressa-se à faxina. É o anti-séptico daquele meio ambiente que não foi abandonado pelo nosso clássico Deus. Mas que nossos rios, matas, florestas, mares e ribeiros, batizados pela ação clássica, destruidora do homem, em nome do progresso, transforma-se num clássico vip de latrinas e dejetos. EIAH!!! O que falar do índio com a sua clássica indigência permanente, e os vassalos e subservientes do poder público e privado? Não sei nada, não vi, não tô nem aí... é a clássica resposta. E vem aos montes, burburejando, em cálices de cristais e de águas cristalinas, escondendo o tinto e tantos crimes dos inocentes. É um clássico matar, quando o verdadeiro seria ressuscitar. Tolo!! tu que matas a cobra e mostra o pau. É o clássico corajudo pai das perfeitas corujinhas, as mais lindas, já, até, tão existentes, feitas na natureza, por um Deus calado, mas que a tudo vê. Surge, nesta terra espoliada e tanto ultrajada, não o clássico Bobo da Corte, mas múltiplos bobos da coorteee .... em salamaleques escatológicos, patéticos e concubinas poderosas, até que o reinado do monarca finda por finados. Ele se remexe na tumba e ressuscita a cada exercício pró- cidadania, estertor de todos os regimes: o bem- estar social. É um clássico.

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