O Toque de Um Anjo
De repente aqueles que me apoiavam, me ajudavam a vencer todas as horas, não somente, as mais difíceis, mas também, nos acompanhavam em momentos de alegria, de comemorações e aniversários, se foram... vejo-os em sonhos e até converso com eles. Peço-lhes notícias. Os Dia dos Pais, está aí. Como me lembro bem dele. Seus gestos: era terno, carinhoso, suave. Incapaz de uma grosseria, um palavreado chulo, grotesco. O que via em criança: chamavam-no de alemão ou polaco. Ele era de uma educação, às avessas dos pelos duros ou machistas de plantão. Ele era silencioso, chegava sempre de surpresa, trazendo no rosto um sorriso que parecia mais de encabulado, segurando emoções e lágrimas. Trazia-me sempre filé mingon, aquele era especial, escolhido por ele e uma paleta de ovelha, a mais macia e tenra. O valor estava ali, no carinho. Vinha para uma comemoração. Um banquete, simples, com os netos, mas comungado com amor. Meu pai foi a minha religião. Respeitava a todos e não falava mal de ninguém... Se recebia uma ofensa, virava a outra face... nunca... nunca vi devolver qualquer brutalidade, antes procurava palavras saudáveis para ser compreendido. Não era mesmo desse mundo. Não creio que tivesse ganhado o paraíso ou quem sabe... é lá que ele está. Que figura querida!! ele era toda a nossa vida, da minha mãe em especial. Não conheci, ainda, um homem igual, creio que nem vou conhecer. Também não tem a menor importância. Ele era um mar imenso, com seus olhos verdes. Será sempre ímpar. Não era em vão, que dizia quando bem pequeninha, que queria um homem igual a ele para me casar. Só que sem barba... barba finca em rosto de criança. Alles blow! Tudo bem! Parabéns pelo seu dia. Seja feliz onde estiver. Em sonhos, cearei com o senhor! Sinto sede à noite, me traga um copo de água... hehehehheeeeeeeeeeee