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9 de jun. de 2011

ESCREVER É VER O MUNDO, É SENTIR AS PESSOAS

ESCREVER É VER O MUNDO, É SENTIR AS PESSOAS ( Texto publicado no jornal A Razão 06/06/11
Escrever não é exclusivo dos escritores, não só é possível escrever algo que tenha valor para ser publicado. “Deve se ler muito, escrever à vontade, sem preocupação, a fim de entender melhor as pessoas, o mundo e tirar suas próprias conclusões. Rogério Amazonas - Salvador Bahia. Esta piada elucida bem o que diz Rogério: Dois economistas faziam cálculos, tabelas, estudos econométricos, queriam entender a crise persistente na economia brasileira e a falta de recursos para tudo e o caos na saúde, o SUS sem solução, a educação e a segurança pública fragilizadas e os números da violência aumentando, sendo as drogas seu principal pilar e montanhas de lixo quase alcançando às alturas do Everest. Até que um falou: - espera aí, descobri porque o Brasil está sempre à beira do abismo e ainda não caiu nele? - Diga retrucou o outro ansioso. - Roubaram o abismo. Não somente respondeu com muita convicção, mas com um realismo a toda a prova. É uma conclusão verdadeira e parece que o parâmetro fundamental é a roubalheira, não importando em prejudicar algum setor. Vivemos num “país tropical abençoado por Deus”, eternamente, deitado em berço esplêndido”, mas a realidade que está aí é bem outra – colunistas e não escritores, propriamente literários, escrevem sobre os absurdos que estão acontecendo todo o dia: barbarismos contra mulheres e crianças, violências nas escolas e no trânsito, lixos por toda a parte e bueiros entupidos e a Copa e as Olimpíadas chegando. Já podemos imaginar o tamanho das conseqüências que podem acontecer: a curto, médio e longo prazo, sendo a pior conseqüência o “aquecimento do planeta”: “o mar vai virar deserto” , “as águas do mar vão crescer tanto, que vão invadir cidades e terras férteis, levando de roldão pessoas, paisagens e animais, não sobrará pedra sobre pedra, mas sobrará muito lixo por todos os lados e pessoas flutuando e, já começou a acontecer. E o homem continua ganancioso, arrogante, rebelde, vaidoso, sentindo-se mais que o outro, “não leva desaforo pra casa”, ao invés de procurar um diálogo construtivo, acessível, num primeiro momento cala, depois boom... Tudo isso me remete ao Mestre dos Mestres: “Orai e vigiai”.

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